quinta-feira, 6 de maio de 2010

Bertolt Brecht na Amazônia


A floresta verde em que nasci é a minha terra minha que eu amo. Trago seus sinais em meus olhos rasgados, minha pele mestiça, meu quase dialeto. Eu sou da floresta e a ela pertenço. Andamos um ao outro atados e aonde formos um ao outro atados chegaremos.
Não vou às minas, mas irei aonde as minas forem. Não enriquecerei com árvores no chão, mas posso tombar junto a elas. Sou levado sem retorno nos longos espectros da luz verde de minha esmeralda gigante - como toras já sem valor.
Meu Eldorado? Esta é a história dele.
Uma história mágica que sempre me alegra, pois, como está escrito em seu começo, ele não é longe, não é nada longe. Ao contrário, esse reino é perto, é bem perto daqui.

Trecho final da obra O Grande Rei Sol, de Alaíde Xingu

4 comentários:

aprofessoratialilian disse...

Queridinha espero que lembres de me devolver o meu material sobre O Grande Rei Sol.Lembras?Continuo esperando o material e a publicação do livro.Bye.

ver-teverde disse...

Lili, devolverei. Um dia. Devolverei. Afinal

qi150 disse...

Saudades do Rei Sol... acho que ainda tenho aquele que vc veinculou no teu antigo site!

qi150 disse...

Oi Alái, acho que ainda tenho uma cópia do Rei Sol, que vc veínculou pelo site antigo...